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sábado, 9 de abril de 2011

Inexistência

Me transbordei de mais. . . 
Mil sentimentos, sensações, dúvidas e medos, todos guardados dentro de mim. Um dia por nenhum motivo aparente, tudo veio a tona, me espalhei pelos quatro cantos do mundo. Meus fragmentos, meus personagens, minhas histórias, já não me pertencem. . . 
Não sobrou nada em mim. . .
Não sei mais quem sou, o que quero, o que sinto. . . 
Cresce um buraco que me consome, dói. . . 
O silencio de uma voz tão bonita e alegre, uma vida tão aparentemente feliz e despreocupada. . .
Ilusões de uma mente infantil e inocente, culpada de suas escolhas e caminhos, vítima de seu interior irreal e manipulado. . . 
De repente não existe mais nada, eu me desligo de tudo e todos. . .
Todos acreditam que devemos encontrar nossa essência. Mas o que fazer quando não existe essência alguma? Quando não resta mais nada pra se encontrar ou se guardar? No processo me perdi. Nada sobrou, nada ficou, nada existe. . . Agora o que mais faço é olhar a vida passando. Vejo as pessoas vivendo, amando, sofrendo, evoluindo, e não me sinto parte disso. Procuro por meus fragmentos perdidos, acreditando que os tendo de novo posso voltar ao inicio, quando na realidade sei que isso não é mais possível. . . 
Não existe outro inicio pra mim, não há outros caminhos, já não existe esperanças. . . 
 Mesmo sabendo disso não me conformo. Não sei o que quero ou do que preciso. . . 
Vou vivendo, porque foi isso que eu aprendi. . . 
Pensando bem foi o que restou; seguir em frente sempre. . . 

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